
Quais são os sinais do Transtorno de Ansiedade de Separação?
5 de abril de 2025 por Simone Canola Transtorno de Ansiedade Comentários desativados em Quais são os sinais do Transtorno de Ansiedade de Separação?
Os transtornos de ansiedade são caracterizados por sentimentos como medo e preocupações excessivas e desproporcionais que antecipam uma ameaça futura.
Muitos dos transtornos de ansiedade se desenvolvem na infância e a maioria ocorre com mais frequência em meninas do que em meninos.
É o caso do Transtorno de Ansiedade de Separação, que ocorre quando as crianças ficam apreensivas e ansiosas diante da separação dos pais e cuidadores.
Muitas crianças choram ao se despedir dos pais nos primeiros de aula, mas no decorrer do tempo e ao longo do dia, ficam bem e participam adequadamente das atividades com os pares.
No entanto, há crianças que sentem medo e preocupação excessivos quando são separadas das figuras de apego. Elas se preocupam com o bem-estar delas e dos pais, e pensam em situações de acidentes, morte e possíveis eventos indesejados, como se perder e ser sequestrado, por exemplo.
Muitas vezes, não conseguem permanecer sozinhas até dentro de casa, requisitando que alguém esteja com elas quando precisam ir para outro cômodo ou no momento de dormir, insistindo que alguém fique com elas até que adormeçam e indo para a cama dos pais ou de um irmão mais velho, por exemplo, durante a noite.
Outros sinais associados ao Transtorno de Ansiedade de Separação, é a ocorrência de pesadelos repetidos nos quais podem ocorrer catástrofes com a família, além de sintomas físicos, como dores de cabeça, dores abdominais, náusea e vômitos quando acontece ou é prevista a separação das figuras importantes de apego.
Tais preocupações fazem com que elas sejam relutantes e se recusem a se distanciar dos pais ou cuidadores devido ao medo da separação, o que pode impactar a socialização e o rendimento acadêmico.
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) pode ajudar a criança a reconhecer e lidar com os sentimentos relacionados aos pensamentos distorcidos, além de orientar os pais e/cuidadores a manejar os comportamentos do filho.
Referência: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5-TR)